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Creche em casa, é possível?

Creche em casa, é possível?

Creche em casa, é possível?

A pandemia virou o mundo de cabeça pra baixo e fez surgir produtos jamais pensados. O serviço de creche em domicílio é um deles. Com a necessidade do isolamento social, as famílias estão sendo obrigadas a ficar com as crianças em casa e a descobrir maneiras de ocupá-las, o que não é nada fácil. Para socorrer os pais, a Bebê Bombom- escola com mais de 30 anos de atuação em Manaus e uma das mais inovadoras- formatou maneiras de levar a expertise da creche para os lares e assim ajudar no desenvolvimento dos pequenos mesmo à distância.

“Logo que começou o isolamento, muitos pais se queixaram que não sabiam o que fazer com os filhos em casa, que estavam passando muito tempo na frente das telas. E foi pensando estritamente em ajudar, que nos reinventamos”, explica Annik Valentine, diretora.   

Hoje os alunos da Bebê Bombom têm uma rotina tão rica de atividades que para muitas famílias ficou até difícil acompanhar a programação. Um facilitador tecnológico é a agenda digital, um aplicativo utilizado já há bastante tempo pela Bebê Bombom, que permite uma comunicação rápida e muito eficiente com os pais. “Antes da pandemia, a agenda digital servia para os pais acompanharem, quase que em tempo real, os filhos na escola enquanto trabalhavam ou de qualquer lugar onde estivessem. Agora é o contrário, nós que monitoramos o dia a dia em casa”, explica Annik, que tem feito inclusive reuniões virtuais com os pais para ouvi-los e melhorar cada vez mais o atendimento.

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Equipe da Creche trabalhando na agenda escolar – ferramenta de comunicação e interação com as famílias.

O trabalho pedagógico em domicílio começa com o envio mensal de um kit-estudo. Nele constam apostilas, tintas, papéis, lantejoulas… tudo que a meninada precisa para desenvolver as atividades propostas. 

WhatsApp Image 2020-06-05 at 15.51.07 (4) Anuncio para as famílias sobre a entrega de materiais didáticos para as aulas on-line

Diariamente, chegam orientações pela agenda, são enviadas vídeoaulas e a professora fica uma hora on-line à disposição para dúvidas. Uma vez por semana, as crianças ainda se encontram e interagem nas chamadas “rodinhas virtuais”.

 Registro da rodinha virtual:

“Eu tenho três filhos e, três experiências diferentes. A mais velha não dá trabalho, porque já está acostumada a estudar em cromebooks e com todas essas tecnologias educacionais. Os pequenos demandam mais e, como continuo trabalhando, confesso que tem sido desafiador. Tem dias que simplesmente eles não querem colaborar, não têm paciência de ficar sentado e esperar a vez de falar… Mas o contato com os amiguinhos não tem preço. Uma vez por semana é legal eles matarem a saudade”, conta Mariana Máximo, arquiteta.    

  Para as professoras também tem sido gratificante. Paula Lima conta que sente muito a ausência dos alunos e que, revê-los pelo computador é emocionante. “Depois da primeira rodinha virtual, assim que acabou, desmoronei. Não podia chorar na frente deles, então segurei ao máximo. É muito amor envolvido e a saudade, sem tamanho”, desabafa a mestra, que não mede esforços para tornar as aulas à distância atraentes. Paula cria cenários, elabora figurinos… tudo para prender a atenção da meninada. 

Os conteúdos trabalhados são os mesmos, com adaptações. Além das disciplinas curriculares convencionais, as crianças ainda recebem um plus: oficinas de artes, culinária, meio ambiente e até esportes. Isso mesmo! Todas as atividades do Espaço Integrar (local onde acontecem atividades opcionais, extraclasse) estão disponíveis para todos os alunos da escola. “Muito legal poder aprender xadrez com a minha filha de 4 anos. Também está sendo o maior barato cuidar dos girassóis plantados por ela. Brotaram todos! Agora está encantada com as receitas da tia Manu, todo dia quer cozinhar”, conta Daniel Lapa, advogado.  

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A criatividade não tem limite na Bebê Bombom. Até festinha virtual tem de vez em quando. Festa dos Números, Festa das Letras… todos esses eventos que funcionam como “ritos de passagem” para as crianças da escola continuam, apesar do distanciamento. “O desafio está sendo adaptar as brincadeiras para a realidade das casas. Mas, pela animação das turmas, acho que está funcionando”, diverte-se Gracinda Brito, coordenadora pedagógica.

“Em todas as salas as professoras começam a festa virtual com uma homenagem aos pequenos. Sempre tem uma música com nomes e fotos das crianças. Os aniversariantes ganham parabéns… e por aí vai”, completa a pedagoga, que não vê a hora de ter a creche cheia novamente.